terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Dia.

E nesse clima de "acabou", as retrospectivas são inevitáveis, portanto, comecei a lembrar desse ano de dois mil e nove, e cheguei a conclusão de que a nossa vida não deveria ser medida por anos, e sim por dias. Pois em um dia você se apaixona, no outro você odeia, e no seguinte você descobre que não era nada daquilo. Um dia é o suficiente para sua vida mudar de vez, para tudo acabar ou começar de novo.
Em especial nesse ano, eu passei a entender melhor a diferença que um dia pode fazer em nossas vidas. Um dia com a cara perto demais de um rotwailler foi o suficiente para eu ficar com uma marca eterna no rosto, um dia com os ânimos exaltados, foram o suficiente para brigar e ficar um mês sem falar com uma melhor amiga, um dia vendo aquele garoto especial por uma perspectiva diferente, foi o suficiente para acabar com todo aquele sentimento que acreditava ser verdadeiro e eterno, um ultimo dia de escola, foi o suficiente para acabar para sempre uma fase da minha vida, e começar outra completamente diferente e nova para mim.
Nascemos em um dia, morremos em um dia, vivemos em um dia. Nossas certezas podem acabar em um dia, e tudo que levamos meses para conseguir, se concretiza em um dia.
Um dia pode não durar 24 horas apenas, um dia pode durar eternamente, mesmo que seja só na sua memória. As coisas que acontecem em um dia, não acontecem em nenhum outro, a vida se segue em dia após dia, os anos nada seriam se não fossem os dias, e os dias nada seriam se não fossemos nós.
Não sou adepta do "viva a vida como se não houvesse o amanhã", pois o amanha tem 50% de chance de existir, por isso, prefiro viver a vida em busca da metade que me resta, sendo cada dia exatamente aquilo que deveria ser.
Viverei com saudade de dois mil e nove, mas anseio pelos dias que dois mil e dez me proporcionará.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Revoltada com Romances.

Sempre fui muito romântica, desde do dia em que eu nasci minha mãe me veste de rosa e eu brinco de barbie, claro que todas as minhas barbies tinham seus Ken's e viviam uma vida de muito amor e paixão, tudo na mais perfeita ordem: Marido, Filhos e emprego estável (todas em minha fantasia eram ricas). O que me leva a crer que eu tenho uma tendência maior que o normal para me apaixonar, sempre lidei bem com isso, sempre gostei de cada hora "amar" um garoto novo, até porque eles nunca sabiam mesmo. Tudo acontecia na minha mente, e se realizava, seja nas minhas brincadeiras com as barbies e Ken's, ou nos meus textos narrativos. Maldita hora em que eu fui crescendo, e as coisas começaram a ficar mais sérias, até que eu me apaixonei por um garoto, que OBVIAMENTE foi um cachorro comigo - porque quando crescemos ficamos idiotas, e deixamos com que os interessados percebam para enfim dar em 'alguma coisa -, e desde então, eu nunca mais me interessei por ninguém.
Claro que ao se falar de mim, temos que levar em consideração que isso aconteceu a alguns meses, e eu sou uma adolescente louca que pensa em achar o amor da sua vida o mais rápido possível.
Porém, o que está me incomodando é que muitas opções de paixonite me aparecem - eu nunca fiquei sem nenhuma paixonite, NUNCA. - e eu estou as rejeitando, POIS NÃO ACHO QUE SEJAM BONS O SUFICIENTE. Como assim não acho que sejam bons o suficiente? Eu nunca me importei com isso, é só vocês conferirem a minha ultima paixonite, ele é um completo idiota, tá, nem tanto, mas não é dos melhores.
Entretanto ultimamente eu tenho sido muito exigente, controlando cada sentimento meu, e acredite, eu NÃO sou de me controlar. Não é por medo de que me magoem novamente, como toda adolescente idiota, eu sempre acho que eles vão me dar o valor que eu mereço e bla bla bla, estou me controlando porque eu vejo em cada possibilidade de affeir um defeito. Em cada menino que eu possa pensar em me interessar, eu vejo defeito, e logo desisto.
Maaaas, não pense você que eu não tenha encontrado em lugar nenhum alguém em quem investir, eu até encontrei, VÁRIOS, só que eles estão em seriados de TV, nas super-produções de Hollywood ou nos livros da Stephenie Meyer. Sendo assim ELES NÃO SÃO REAIS! Aliás, a realidade está se torando cada vez mais sem graça ao me ver.
Porque não existem homens bons o suficiente do nosso lado? Porque a perfeição não é igual ao bradesco? onde sempre tem um perto de você (essa foi MUITO boa).
Ou seja, estou com medo de morrer solteira, porque não acho possível que haja um homem em nenhum lugar nesse mundo de meu Deus, que seja inteligente, altruísta, engraçado, simpático, bonito, inteligente, articulado, divertido, inteligente, que se vista bem - nada de muita estampas, obrigada -, que não seja viado, que seja seguro, persistente, teimoso, compreensivo, capaz de amar MESMO, que não traia, entre outras qualidades e defeitos.
Hoje em dia eu realmente acho impossível realizar o meu maior sonho, que é encontrar alguém que eu possa amar eternamente - e não estou falando no sentido figurado -, onde nem a morte nos separe.
É isso. Confissões de uma adolescente louca e retardada.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Por fim, descansar.

Com as notas que toco no piano
o mundo gira sem parar
a musica que me invade por todas as partes
é como o ar que não consigo respirar.

vivo procurando o motivo
que tive para continuar,
quando fecho meus olhos encontro
tudo que não parecia enxergar.

A escuridão é reveladora
quando se deseja atuar.
transformadora de vidas
que anseiam por não amar.

Não encontro o sentido em mais nada
não preciso mais me conscientizar
agora é tudo tão fácil
que não sei se vou mais aguentar.

O chão se perdeu em meus pés
como a musica se perde no ar
as pessoas me fazem tanta diferença
quanto o sal na agua do mar.

Não consigo me livrar desse anseio
que me leva ao 'não amar'.
não insisto em mais nada que vejo
que um dia irá acabar.

A independência se tornou um vicio
no qual não consigo me livrar
as cores não fazem mais sentido
quando o arco-íris torna-se parte da sala de estar.

A vida se tornou monótona
quando me vi pela primeira vez desmoronar
Não procuro um caminho para seguir,
apenas um lugar para descansar.

domingo, 22 de novembro de 2009

Big-bang.

A ultima coisa que vi foi o seu rosto, com uma feição estranha para mim, com um jeito de adeus. Depois disso as lágrimas inundaram os meus olhos e você já não estava mais ali, foi quando tudo começou a se formar, aquele buraco negro no meu coração começava a sugar tudo para a escuridão, não havia mais luz, nem alegria, só me restou a dor. Dor na qual eu nunca havia sentido antes, dor na qual eu jamais deixaria de sentir. Você levou de mim toda cor que coloria meu mundo, levou de mim todo amor que sustentava a minha vida, levou de mim toda vontade de ser alguém um dia, e se passaram segundos, minutos, horas, dias, meses, anos de que você se foi, e para mim a dor continua a mesma, sugando tudo que o sol um dia fez existir em mim. Talvez em algum momento haja um big-bang no meu coração, mas sinceramente, acho difícil.

domingo, 15 de novembro de 2009

Não viva como se não houvesse amanha

"Viva como se não houvesse amanhã"

Se todos nós realmente seguíssemos essa frase ao pé da letra, viveríamos em um mundo de inconsequentes, que não querem nada da vida, que não se importam com nada nem ninguém, e só querem apenas aproveitar cada dia.
Não que 'aproveitar cada dia' seja uma coisa errada, mas se você não tiver sonhos, se não planejar um futuro, para que viver? Que graça vai ter a sua vida quando você olhar para trás? Pode ser que você morra amanha, mas pode ser também, que você tenha ainda uns 90 anos de vida.
Não pense que suas atitudes de hoje não vão interferir no seu futuro, pois vão. E se você não tiver a sorte de morrer, vai se arrepender por fazer ou deixar de fazer.
Por isso viva como se fosse durar para sempre, e construa dos bons e maus momentos uma vida feliz e totalmente respeitável.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Dog

Uma das maravilhas de se ter um cachorro, é que quando você acha que sua cabeça vai explodir de tanta confusão, que todos os problemas são sem solução, e que o seu dia foi realmente um dia do cão, você olha pra coleira dele esperando por você, ai então você pode se desconectar do mundo e "sair para passear", nem que seja por 10 minutinhos.
Nesse momento então, você agradece a Deus pelo dia que quis ter um cachorro, pois ele é seu único amigo que não vai ficar falando sobre o que você deveria ou não fazer, ele é o único que vai ficar feliz por você querer apenas sair pra dar uma volta com ele, ele não vai achar que você só o procura nos maus momentos, mas vai se alegar por estar ter um tempinho pra ele.
E mais uma vez, você se alegra por gastar dinheiro com a ração, saúde, conforto e frescurinhas dele, porque quando todos te abandonarem, ou tiverem de saco cheio dos seus problemas, ele vai estar la, esperando para passear.
Cachorros não se importam de ouvirem horas sobre o mesmo assunto, sobre sua paixonite ou seu problema no trabalho, eles acham super divertido quando você está cheio de raiva e fica 'brigando' por um pedaço de pano ou qualquer outra coisa com eles, eles podem ser chutados, levarem bronca, mas quando você chega do trabalho, da escola ou de onde quer que seja, eles ficam felizes por apenas te ver.
Os cães são assim, a tradução do melhor tipo de amor, a tradução do melhor tipo de companheirismo, a tradução do melhor tipo de amigo que temos.
E hoje, eu agradeço por todas as noites mal dormidas que tive quando ele era pequeno e queria brincar, agradeço pelas mordidas de amor, pelos arranhões de brincadeira, pelas lambidas nojentas e pelos pulos que me sujavam inteira, pois em 10 minutos ele conseguiu fazer por mim o que eu estava querendo em meses, espairecer.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Leonina

Já tentaram acabar com o meu sonho de principe encantado, dizendo que eles não existem, já me falaram que nenhum amor dura para sempre, que não existe aquela pessoa que irá ser sua a vida inteira, que todos os homens são iguais, que trair é normal, que existem crises em todos os casamentos, que o amor esfria com o passar dos anos...
Mas eu me recuso a acreditar nessas palavras, não que eu discorde delas, mas apenas penso que comigo será diferente.
Acredito veementemente que ainda encontrarei meu principe encantado, aquele que não se assustará com a minha intensidade, mas à admirará, aquele que poderei dividir a minha vida, a quem amarei por todos os meus dias, com quem eu serei 'feliz para sempre', e que nem a morte será capaz de acabar com o nosso amor.
Aguardo pelo dia em que o encontrarei, não sei se vai demorar muito, ou se logo acontecerá, mas tenho certeza absoluta de que quando nossos olhos se cruzarem, vamos saber que pertencemos um ao outro, e o nosso amor será suficientemente grande para se renovar toda manhã, suficientemente forte para passarem anos e mais anos sem nada mudar, suficientemente incrível para nos permanecer dependentes um do outro, e de mais ninguém.
É, talvez eu seja leonina demais para me colocar nos padrões humanos, e acreditar em tudo que dizem a mim.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Fissura

Doce fissura, que em outras palavras precisa de cura
Sendo essa cura, a presença tua,
Que me transborda a alma com malícia pura.

Já não posso imaginar-me sem ti, sem teu anseio, tua vontade, sem tua loucura
Conhecedora dos desejos, me torna cada vez mais tua
Enquanto meu coração te segue, a minha vida persegue uma rotina escura

Que me leva a saborear a inocência de te sentir toda nua
Como o rio é capaz de sentir o toque frio da lua,
Que transparece a sua nobreza e doçura

Oh fissura doce fissura, te desejo em todas as palavras tuas
Sua maneira de ver o mundo já não me assusta
Sendo parte de mim essa postura, de quem ama todas as partes suas,
Fissura.



Significado: adj 1 Que tem fissura; rachado. 2 Gír Ansioso, ávido. 3 Gír Apaixonado, fanático. 4 Gír Dependente.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

viva la vida

Você só vai saber que tudo valeu a pena, quando você olhar para trás e pensar: QUE MERDA FOI ESSA QUE EU FIZ? AONDE EU ESTAVA COM A CABEÇA? - Caso contrário, você não aproveitou nada.
Quando você lembrar das vezes que foi idiota de alguém que hoje você acha ridículo, pode ter certeza, você foi feliz. E quando você deu vexame, e morreu de vergonha no dia seguinte, é a maior confirmação de todas de que você fez o que queria.
Não adianta levar tudo muito a sério, no final, tudo não vai passar de passado, então, aproveite mesmo, "cague" na sua vida, faça a maior quantidade de merda que puder, pois só tem boas histórias aqueles que não tem medo de viver.
De que adianta tirar notas boas, chegar cedo em casa, passar todos os finais de semana lendo um livro chato? Isso nunca vai ser história pra contar, isso vai ser sempre uma parte chata de uma vida chata e sem graça.
Infeliz é aquele que nunca ficou com medo de repetir de ano, sem história é aquele que nunca chegou tarde demais em casa - ou não chegou em casa, idiota é o troxa que nunca passou noites e noites rindo com os amigos em um buteco barato, bebendo umas belas cervejas geladas, e rindo sem parar.
O bom da vida é aquilo que fazemos de errado, pois o certo é o que tentamos fazer sempre, o errado é totalmente ocasional.
Não adianta ganhar fios brancos de preocupação, faça o que pode para transformar o mundo em um lugar melhor, e quer coisa melhor para transformar o mundo que um pouco mais de alegria e felicidade?
Vamos todos mandar essa vida chata, monótona, cheia de responsabilidades que não são nossas a merda, e vamos ser felizes. Não deva nada a ninguém, e traga alegria ao mundo, é tudo que precisamos para vivermos os nossos 100 anos.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Carta de uma certeza

Estava tudo escuro, o dia ainda nem ao menos tinha nascido e eu já estava sentada na cama, ansiosa para poder sentir o calor do sol me tocar, como uma criança espera os presentes na manhã de natal, eu esperava o sol na manhã mais gelada de Agosto.
Eu ia fazer 97 anos, já tinha meus filhos, netos e bisnetos, incrivelmente lindos e perfeitos, consegui realizar meus maiores sonhos, me tornei uma promotora de muito sucesso, coloquei muitos criminosos na cadeia, consegui fazer um mundo inteiro me ouvir, casei com o homem mais incrível que esse mundo já pode conhecer, médico, do jeitinho que eu queria quando tinha 17 anos, tive meus filhos como sempre imaginei, vivi tudo aquilo que quis, com algumas mudanças, mas vivi.
Em alguns minutos estarei com mais velha ainda, e continuamente consigo me surpreender com a vida, suas mudanças não param de acontecer, nem quando você está chegando perto de um século de vida, as coisas boas e ruins continuam acontecendo.
Mas eu não tenho do que reclamar, aproveitei cada segundo desse mundo de meu deus, já fui daquelas mulheres de buteco, já fui uma universitária muito louca, uma advogada excelente, uma promotora perigosa, já escondi minha família dos meus inimigos, já parei a minha vida por um amigo, já enterrei meus pais, já senti a dor da perda de uma irmã, já pensei em desistir, já quis morrer ou fugir, já fui muito triste, todavia, fui indiscutivelmente feliz.
Entretanto a vida já não me sorri mais, fazem 2 dias que o homem mais incrível desse mundo se foi, aos seus 102 anos, ele foi levado de mim, e com ele meu coração, sentimento, vida, sorriso, alegria, e hoje levará a minha respiração.
Desde que estamos juntos, eu sabia que não existiria em um mundo em que ele não existisse, tenho certeza do tamanho do nosso amor, certeza suficiente para saber que Deus não me deixaria longe dele por mais que 2 dias, nossas almas foram destinadas a permanecerem unidas, como se pertencessem uma a outra de uma maneira imutável. Nunca acreditei em reencarnação, mas acredito na vida eterna que teremos juntos em poucos minutos.

Meus filhos, netos e bisnetos, eu sei que quando acharem este 'desabafo', já estarei nos braços dos meus únicos amores, o meu homem e o meu Deus, então, garanto-lhes que estou bem, feliz, e confesso que estava ansiosa para que isso acontecesse. Eu os amo demais, mas tive que partir, o meu universo não tem mais sentido se o amor não existir. Me despeço com alegria, pois sei que ficarão bem, adeus meus queridos, fui ser feliz novamente com o único que me fez feliz até hoje.
Amo vocês.

domingo, 20 de setembro de 2009

true friendship

Não adianta ter o maior orgulho do mundo, quando a amizade é verdadeira vocês vão se acertar; Não adianta não ter cara pra pedir desculpas, um dia vocês vão beber juntas e vão conversar; Não tente pensar que não faz falta, por que quando vocês se abraçarem, você vai perceber que estava com saudade; Não queira tentar esquecer, é impossível apagar da memória aquilo que te fez feliz; Não minta para si mesma, não finja que não é com você, não diga 'nunca mais', pois é tudo ilusão, quando se tem uma amizade sincera nas mãos, nem as piores brigas vão ser capazes de apagar o que ambos sentem. Espere o tempo passar, ele sempre acaba resolvendo tudo.

domingo, 6 de setembro de 2009

Para poucos

Eu sei que você não entende, então eu queria explicar... Explicar principalmente meu jeito meio grudento e apelativo. Primeiramente você tem que entender, que o fato de eu gostar de todo mundo, não quer dizer que todos realmente consigam significar muita coisa para mim. O meu jeito caloroso, alegre demais, confunde as pessoas, sou muito mais fria do que você imagina. As coisas acontecem comigo de uma maneira diferente, como se eu visse tudo por dois ângulos diferentes, isso faz com que eu aja com coerência em alguns momentos, e em outros não.
Sendo assim, quando algumas pessoas ultrapassam um certo limite de amor que eu imponho a grande maioria, eu fico completamente sem saber como agir, pois são pouquissimas pessoas que conseguem isso, e quando eu digo pouquissimas, me refiro a 3 ou 4 pessoas apenas. Portanto, é tanto amor que existe dentro de mim, que eu não sei lidar com ele. Até por que, a maioria das vezes ele é injusto, pois aparece por alguns que eu conheço a muito pouco tempo, e os outros que eu conheço a mais tempo, não conseguem alcançar isso em mim. Talvez esse 'amor' que há dentro de mim, seja de alguma forma instintivo, pois ele só surge pelas pessoas certas, aquelas que eu sei que posso confiar, e que eu levarei para a vida inteira. Devido a esse sentimento todo, peço desculpas pelas vezes que fui incoveniente demais, que me intrometi demais na sua vida, que fiquei grudenta demais... Só quero que entenda, que é tão raro eu sentir isso por alguém, que esse tipo de amor chega a me dominar, é muito forte, faz com que eu queira desfrutar de cada segundo da pessoa pela qual eu sinto isso, tornando a minha felicidade, dependente da 'sua' felicidade.
Não se sinta mal, de todo esse sentimento não ser recíproco, pois é tão grande e puro, que eu simplesmente amo por amar, sem esperar nada em troca, o que vier é lucro, portanto, cada vez que você faz com que eu me sinta 'importante' ou 'especial' - me contando alguma coisa da sua vida, ou desabafando de um jeito que eu imagino ser só comigo - faz cada segundo de amor sentido valer muito a pena.
Não deixe que a minha tendência ao dramatismo te impressione, em momento algum esse amor me faz mal. Então, obrigada por fazer parte da minha vida, do meu mundo, e principalmente por permitir que eu seja tão feliz as suas custas... Obrigada por ser meu amigo (a).

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Ele

Ele pode ser exagerado, melodramático, do tipo que todos podem olhar e perceber. Também pode ser silencioso, intenso, do tipo que só quem sente consegue saber. Pode ser superficial, de uma maneira verdadeira, que apenas não necessite de aprimoramento, ou pode ser profundo, do tipo que conhece cada detalhe do seu ser, e não se assusta com isso, pelo contrário, gosta disso. Ele ainda pode ser novo, pode acontecer em um dia, ou pode vir de muitos anos, talvez ele acabe, talvez não. Ele também pode tomar vários rumos, pode mudar, pode aumentar ou diminuir. Ele pode ser tudo que você precisa para viver, e também tudo que faz você morrer, a felicidade que ele pode lhe trazer, é com toda certeza, a maior de todas, nada consegue supera-la, todavia, o poder que ele da as pessoas de te despedaçar é muito grande. Talvez ele seja um tiro no escuro, ou a maior certeza da sua vida, mas sinceramente, ele deixara marcas. Ele pode começar de diversas maneiras, pode ser devastador, como discreto, você pode perceber logo de cara, ou notar só depois de anos. Mas nunca é tarde para ele, pois ele não tem idade, tamanho, preconceitos, preferências, diferença, orgulho, razão... Ele não tem nada que te impeça de segui-lo. Ele não escolhe hora nem lugar para aparecer, simplesmente surge. Você pode senti-lo várias vezes em sua vida, como também pode senti-lo apenas uma. Sua intensidade pode variar tanto quanto o seu tamanho, mas a sua essência nunca muda. Você até pode tentar fugir dele, ter medo dos danos que ele pode lhe causar, mas não tem como, uma vez que ele lhe encontra, vai ser tudo que você vai querer por toda vida. Afinal, não tem como resistir ao amor.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

tolinha

Gosto do começo de livros e filmes, onde tudo ainda está ótimo, onde os mocinhos ainda estão juntos, onde não há vilões, nem destruidores da felicidade alheia. Por mais que eu saiba como tudo vai terminar, meu coração sempre fica apertadinho quando o vilão consegue enganar o mocinho. É uma angustia muito forte, quando eu vejo tudo dando "errado", parece uma injustiça sem tamanho, e isso me revolta. Claro que eu sei que é idiota, mas fazer o que? não controlo meus sentimentos.
Sendo assim, adoro finais felizes, daqueles bem manjados mesmo, estilo conto de fadas... Para de me olhar assim! esses são os melhores, o príncipe chega em um cavalo branco, para resgatar a princesa, e no final aparece "e eles viveram felizes para sempre"... Quer coisa mais esperançosa que essa? Eu sempre acabo me imaginando nesse "felizes para sempre". Nesse ponto, eu sempre fui bem feminina, boba e sonhadora, fazer o que? tenho uma alma romântica!
Adoro quando os mocinhos dizem aquelas coisas lindas para as mocinhas, ou quando eles fazem aquelas loucuras para reconquista-la, ah... que mulher não gosta? somos todas assim mesmo, meio bobas, meio locas, meio lindas, meio tontas. E para ser sincera, eu adoro ser assim... Chorar lendo livros tristes, me colocando no lugar da mocinha, sorrir sozinha quando o final feliz finalmente chegou, gargalhar com as trapalhadas do vilãozinho... É, talvez isso seja só adolescência, ou talvez permaneça até que meus olhos se fechem, e o mundo me esqueça.

sábado, 29 de agosto de 2009

Vai ser assim um dia

Não sei quanto tempo eu estava naquela posição, certamente seria capaz ficar a eternidade assim, deitada em seu peito, ouvindo o bater do seu coração, sentindo seu calor. Seus braços me envolviam como correntes de veludo, ao mesmo tempo que protectores eles eram delicados e gentis.
Jamais entenderei a nossa ligação, desde o dia em que nos conhecemos, várias correntes eléctricas começaram a passar pelo meu corpo. Seu olhar consegue realmente me deixar sem fôlego, toda vez que ele me beija, é como se o mundo parasse de girar, e eu começasse a girar em volta dele, um simples roçar da sua mão da minha, é capaz fazer que as correntes eléctricas andem a todo vapor dentro de mim.
É como se ele fosse o meu sol, e tudo que eu fizesse fosse manter a minha órbita em volta dele. Não me importava com mais nada, a não ser fazê-lo feliz.
Quando me lembro de como tudo começou entre nós, é impossível não rir. Eu realmente pensava que ele era o meu maior inimigo, desde a primeira vez que eu o vi, senti algo diferente, - hoje é óbvio que o que eu senti por ele de imediato, era de alguma forma, amor. Mas antes, eu me confundi completamente, não sabia o que eram aquelas correntes todas, não sabia como ele conseguia me fazer desfalecer com um olhar, não era possível alguém exercer tanto poder sobre mim, portanto, eu resolvi odia-lo, era a coisa mais fácil a se fazer. E de alguma forma incrívelmente maravilhosa, ele sentiu o mesmo por mim, inacreditável, ele me odiava também! Eu não conseguia ficar um dia sem vê-lo, claro que eu usava o pretexto das nossas brigas para isso, mas eu sempre queria estar perto dele, tinha que permanecer em minha órbita, eu mal percebia, mas nada mais tinha sentido sem ele. Cada dia que se passava, eu o odiava mais, eu precisava mais dele, eu o queria mais, eu o desejava mais, eu estava mais viciada nele, e por um golpe de sorte, ele parecia estar na mesma freqüência que a minha. Era absolutamente lindo todas as vezes que brigavamos, e ele me olhava com aqueles olhos castanhos chocolate, completamente intensos, e cheios de raiva, cheios de compaixão, cheios de beleza. O melhor de tudo, eram os motivos que arranjavamos para brigar, era sempre sobre a minha segurança (eu estava sempre caindo em algum lugar, sendo mordida por alguma coisa, ele sempre me 'salvava'), ou sobre a falta de atenção dele para mim! Eu desde o ínicio reivindicava seus olhos nos meus. Entre tudo que vivemos, o mais incrível foi quando percebemos que acabamos nos apaixonando, lembro como se fosse hoje, um dia chuvoso, daqueles que nos fazem entrar em depressão, não tinhamos nos encontrado naquele dia, eu estava angustiada, alguma coisa me incomodava e eu não sabia o que era, foi quando eu sai de moleton e calça jeans, para andar na chuva, sem destino, sem pensar, fui parar na casa dele, ele estava com uma rosa na sua mão, sentado em frente ao portão, de baixo do telhado da garagem, quando nos vimos, foi como se um raio estivesse caído na minha cabeça, eu não conseguia me mexer, eu não fazia nada que não fosse olhar para ele, até que ele disse "Eu não sabia como te dizer isso, mas queria que fosse hoje, não sei o que você está fazendo aqui, toda encharcada, mas eu te amo". Nunca senti nada como naquele momento, tudo em minha volta parou de se mexer, a chuva parou de cair, o vento parou de dançar, a unica coisa que eu fiz foi correr para o beijar.
Não sei quanto tempo eu estava naquela posição, certamente seria capaz ficar a eternidade assim, deitada em seu peito, ouvindo o bater do seu coração, sentindo seu calor. Seus braços me envolviam como correntes de veludo, ao mesmo tempo que protectores eles eram delicados e gentis.

sábado, 1 de agosto de 2009

Mas..

Agora eu sei porque dizem que é difícil gostar de alguém. Principalmente quando essa pessoa te fez mal um dia, e todos os seus melhores amigos acham que ela não é digna do seu amor e bla bla bla... Você sabe que a razão esta totalmente ao lado deles, porém, a emoção é toda e completamente sua, de mais ninguém. Só você conhece essa pessoa de tal jeito, só você viveu tal coisa com ela, só você, só você e mais nenhum outro. Mas vai dizer isso para os seus amigos.. eles vão tentar te matar, afinal, você não pode dar o braço a torcer, se esse individuo fez o que fez, é por que não gosta de você e tralalá... Mas quem nunca errou na vida? Não que você vá se entregar totalmente de novo, mas quem inventou a lei de que você não podia ao menos perdoar? Tudo bem que seus amigos não querem apenas que você sofra... mas dói também não perdoar quem se ama.. é difícil ser adolescente, e ter que lidar com tudo isso, aliás, é ridículo pensar que se ama com dezessete anos de idade... Mas, nós pensamos assim de qualquer jeito, pois se isso não for amor, o que mais poderia ser? - Paixão, é eu sei, mas preferimos pensar que é amor, é mais bonito assim.
Todavia, creio que o melhor que temos a fazer, é deixar que a nossa vontade tome conta de nós, pois se for pra se arrepender, pelo menos vai ser por algo que você fez, não que você deixou de fazer.
Ouça seus amigos, entretanto, ouça mais a você.

terça-feira, 14 de julho de 2009

O amor confundiu-se em diversas maneiras.

1992, o amor se apaixona por uma mortal, dando um poder a filha que ela acabara de gerar, o de amar. Amar acima das compreensões humanas.
Por estar acima das capacidades dos outros, essa criança ainda muito nova, começa a sofrer por amar demais, vendo isso seu maior guardião, o próprio amor, lhe concede o poder de curar-se. Necessitando ela então de apenas 48 horas para cicatrizar todas as feridas que amar lhe trazia.
Ela foi crescendo, e notando que sua dor sempre parecia ser maior que a dos outros, entretanto, não durava o mesmo tempo.
A saudade que sentia das pessoas, era sempre algo distante, que só aparecia nos dois primeiros dias, depois sumia.
A necessidade de sentir-se amada, não era algo tão relevante em sua vida, aliás, era algo quase desnecessário, pois o amor que lhe foi dado, era o genuíno, aquele que nada espera de volta.
As decepções com os homens, não lhe afectavam como parecia afectar às outras garotas. Nem mesmo quando brigara com algum 'melhor amigo', ela sentia falta dele. Mas nunca, deixara de ama-lo.
Amar para essa menina, era algo tão comum e natural, que ela nem ao menos percebia que isto fazia. Todos que passavam por sua vida, levavam dela o amor.
Não estou dizendo que ela jamais odiou, até por que, 'o ódio e o amor andam de mãos dadas'. Porém ela nunca teve muitos inimigos, e quando eu digo isso, me refiro a uma ou duas pessoas que não gostavam dela. Era difícil não contagiar-se com sua alegria, com o seu sorriso. Sua maneira de amar, sempre havia sido muito ampla, sem barreiras, sem fundamento, sem inicio, meio ou fim, ela sempre simplesmente amou.
Todavia, quando o amor lhe concedeu o seu único dom, ele não permitiu-se mexer em seu coração.
Você deve estar se perguntando: "como ele não permitiu-se mexer no coração dela?".
Ele só colocou nela uma dose maior de amor pelas pessoas, mas nunca distinguio quem ela amaria mais.
Então, quando ela completou seus 16 anos, começou a perceber que algumas (poucas) pessoas, se destacavam em seu amor homogéneo. Ela sentia por três amigos seus um amor maior, que a consumia de forma diferente, isso a assustou, pois jamais tinha notado que poderia amar mais do que já amava. E por amar mais que todas as pessoas, quando alguém se sobressaia em seu amor, ela amava quatro vezes mais do que um ser humano consegue amar alguém.
Porém isso nunca a incomodou, até que um dia ela conheceu alguém que mexia com todos os seus sentimentos, que se confundia em todas as formas de amor que ela já havia sentido. Isso a amedrontou, mas era tão bom, que ela não queria parar de sentir, resolvendo deixar-se levar por aquele novo sentimento, nova forma de amar. Cada vez mais essa pessoa chegava mais longe, cada vez mais o amor se aumentava em várias proporções, porém nunca havia sido correspondido, não que ele pudesse corresponder da mesma maneira, mas ele não a correspondia nem da maneira humana-normal. Mas isso não a entristecia, pois ela sempre havia amado, e sempre amará sem esperar reciprocidade. Até o dia em que ele, a pessoa que ela mais havia amado na vida, lhe dissera que gostava dela (é claro que não da mesma maneira), e que de certa forma queria estar com ela, porém eles estavam separados pela distância.
Ela contava os dias para poder vê-lo, abraça-lo, sentir seu cheiro... Era tudo que ela queria, não precisava de mais nada. Pois por ama-lo de forma diferente, ela era capaz de sentir saudade, de sentir necessidade de sua companhia, era tão incrível o modo como ele mexia com seus sentimentos...
Então chegou o tão esperado dia, eles finalmente iriam se ver, ela imaginara que seria fantástico poder abraça-lo novamente, sentir que ele estava em seus braços... Só ela sabia como aquilo lhe era necessário.
Entretanto quando eles se encontraram, ele à cumprimentou de uma maneira seca e comum, ele nem ao menos falava com ela... Toda a ansiedade de vê-lo, transformou-se em agonia, eles nem ao menos tinham se abraçado... Ela perdia-se em pensamentos. Até o momento em que ele saiu de perto dela e de todos que estavam com eles, em seguida outra menina foi atrás dele.
Como se o mundo fosse retirado de seus pés, a tristeza começou a envolve-la, era óbvio que ele havia marcado com outra, por isso que tinha sido tão seco e distante, por isso evitava olhar para ela, por isso nada que ela havia imaginado tinha acontecido. Uma dor que ela jamais havia sentido começou a surgir, e junto a dor vinha a raiva e a indignação.
Passou-se a noite, ela não o olhara mais nos olhos, ela não o sorria mais, ela não o queria mais, ambos foram embora, mas ela não estava satisfeita, precisava colocar sobre ele todo sentimento ruim que ele havia deixado nela. Sendo assim, no momento em que pôde, ela foi conversar com ele. Ela o xingou, ofendeu, falou tudo que sentia, traduziu um décimo do seu amor em palavras, expôs seu coração rasgado e insanguentado, e tudo mais que podia fazer para ele sentir ao menos um milésimo do que ela estava sentindo.
Sem escapatórias, ele sentiu-se a pior pessoa do mundo. As palavras dela o feriram também, só não sabemos com que intensidade, mas era impossível tornar-se imune a tudo que ela o dizia.
Sentindo-se mal por tudo, ele pedira seu perdão, e explicara a ela que tudo que ele havia lhe dito, sobre gostar dela, tinha sido 'coisa de momento', e que não era verdade.
Fazendo então com que toda a raiva, indignação e dor espalhados por diversos fatos, se trasformassem no pior sofrimento por que passara, canalizado em apenas um fato: era tudo mentira, ele nunca havia lhe amado.
A dor provinha de seus ventres, rasgando-a por dentro, e não havia nada que ela pudesse fazer contra isso. O amor, desesperado por causar-lhe tamanho sofrimento, concedeu à pobrezinha o sono, que estaria presente em sua vida de maneira indiscutível, e duraria o tempo de sua cura. Foram 48horas de sono, para entender como fazer para a dor cicatrizar, e parar de jorrar sofrimento.
Passadas as 48 horas, algo dentro dela havia se regenerado, transformando-se em compreensão, e dando à ela o poder de ser imune a esse tipo de amor. E foi o que ela decidiu fazer, nunca mais amar da maneira que se confundia com todas as outras.

sábado, 11 de julho de 2009

Julgamento.

Com tudo que vivemos, nos tornamos tão certos de nossos pensamentos, que resolvemos julgar os outros, pelo o que acreditamos ser certo. O único erro de nossos julgamentos, é que eles são baseados naquilo que vimos, naquilo que nos é mostrado. Esquecemos que tudo ao nosso redor é muito mais do que os nossos falhos olhos podem captar.
Nos tornamos juízes dos erros alheios, pensamos ser superiores às pessoas que erram, e que temos o direito de mal dizê-las por sermos tão melhores que elas. Não chegamos nem perto de nos colocarmos no lugar do réu, de pensar como ele pode ter pensado, ou sentir o que ele pode ter sentido. Estamos sempre tão certos de que o que somos é o correto, que esquecemos por completo que existem outros tipos de pensamentos além dos nossos, esquecemos que há outros modos de ver e viver o mundo e a vida. Colocamos os sentimentos das pessoas em ultimo lugar na hora do julgamento, fazemos dos seres humanos máquinas perfeitas, que jamais devem errar, esperamos das pessoas muito mais do que elas podem nos dar, culpando-as por nos decepcionar, esquecendo do simples fato de que ninguém nos prometeu a perfeição, a única promessa que podemos fazer é a de sermos humanos, e nem essa temos cumprido.
Vivemos escravos dos nossos conceitos infundados, precários, pequenos e medíocres, que nos levam cada vez mais à temida solidão.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Embriagada de amor.

Nunca me senti tão próxima de Deus como hoje, como se em um passe de mágica, entendesse o sentindo da frase "me constranger com o teu amor".
Confesso ter estado demasiadamente distante Dele por um tempo, vivendo uma vida, que sim, foi necessária que eu vivesse. Ele sabia disso o tempo todo.
Mas hoje eu pude notar um mísero exemplo do seu amor, algo contaminante, preenchedor, que se transformaram em lágrimas rolando minha face, pois nada faria sentido dizer.
Um amor tão grande, tão puro, que não tem expectativas, que não se decepciona, que ama por amar, que é vivo, auto suficiente e real. Um amor no qual já havia falado, porém, jamais sentido dessa maneira. Como seu eu pudesse toca-lo, mesmo estão em outra dimensão. Sentia como se Sarayu tivesse sentada ali comigo, fazendo cafuné em minha cabeça. Nada precisava ser dito, apenas sua presença foi o suficiente para me levar a um exastase jamais sentido.
Ainda me sinto embriagada dessa presença, de uma maneira tão magnifica, que não quero sair dessa embriagues jamais.
De uma forma diferentemente incrível, eu sei que passei a ver o mundo de outra forma, ver o relacionamento de outro jeito, ver o perdão por outra perspectiva. Agora sei que compreendo muito mais do mínimo possível de se compreender dessa divindade que se conhece por "Deus".
Sei que as perguntas que me atormentavam, tem respostas, completamente plausíveis e inimagináveis, sendo assim, deixaram de me atormentar.
Entender os acontecimentos do mundo, ficou mais fácil olhando pela visão de Deus, de maneira que deixei de julga-lo como de costume, e pude entender seus propósitos.
Talvez seja por esse entendimento, que eu tenha sentido o amor no qual sempre estive envolvida, e jamais pude perceber.
Um amor chamado Cristo.

sábado, 20 de junho de 2009

A resposta é : Culpa NOSSA!

Se Deus existe, Por que ele permite tanta dor e desgraça no mundo?

Eis a questão que tirou meu sono muitas vezes, nunca conseguia chegar a um senso comum.
Até que então, lendo um livro, percebi que a resposta sempre esteve na minha cara.
E ela é muito simples:

É por amor - calma, eu ainda não estou louca -, mas ele simplesmente nos ama de tal maneira, que criou um mundo incrível, para que habitássemos nele, ele nos DEU esse mundo, sem pedir nada em troca. Ele nunca mandou em nós, nunca decidiu por nós, nunca interferiu nas nossas decisões. Ele simplesmente nos ama, nos ama o suficiente para aceitar nossas escolhas, por pior que elas sejam, e por mais que o magoem, Ele aceita o que for, sem deixar de nos amar por um só minuto. Ele vê a morte de uma maneira diferente da qual vemos normalmente. E ao contrário do que pensamos, Ele não nos abandona, E não nos esquece. As vezes somos nós que não o enxergamos, mas nunca Ele que não está presente.
E devido a todo esse imensurável amor, ele permite - mesmo que com dor - que acabemos com o mundo que ele nos deixou, sem interferir (não que ele não tenha vontade). Deus apenas construi o que destruímos, tratando daqueles que permitem ser tratados.
Você ainda não entendeu né? É simples, ele não impõe sua vontade, ele nos deu o mundo, para que fizéssemos dele o que quiséssemos. Somos NÓS os autores das guerras, da fome, da dor... não Ele! Cabe a ele tentar nos mostrar o caminho certo, aliás, ele já nos mostrou, nós que não seguimos.
Então paaaaare de culpar Deus de todas as coisas, somos nós os grandes culpados, e já chegou a hora de entendermos isso! Tudo que vivemos é consequência do que escolhemos, e do que somos. É claro que não é nossa culpa o fato de um irmão, pai, mãe, amigo... ter morrido assassinado, ou em um acidente, ou de qualquer outra forma inevitável. Mas entenda, que a culpa não é de Deus também, ele não pode controlar as nossas atitudes, nem as das outras pessoas, a independência é uma faca de dois cumes, o que cabe a um, cabe a todos. Todavia, se isso servir de algum conforto, pode ter certeza que Ele estava lá, com quem quer que fosse, até o ultimo minuto, sentindo sua dor, e amenizando o seu terror. Cristo é fiel a nós, por mais que não sejamos a ele.
Basta você confiar nele, que você vai passar a ver tudo de outra forma. O que parece o fim para nós, para ele é apenas o começo.
Se o mundo tá como está, é por que não soubemos cuidar dele, só o usamos, sem pensar nas consequências, mas relaxa, como eu já disse, o que aos nossos olhos é o fim, não passa de um começo. Apenas conecte-se com Deus, e o resto, deixa que Ele irá fazer.

sábado, 6 de junho de 2009

Período.

Nunca pensei que crescer fosse tão difícil assim. Meu sonho desde pequena é ir embora, e quando isso está prestes a acontecer, tudo que eu mais quero é ficar. O medo tem tomado conta dos meus dias, me apavoro só de pensar. Faculdade, vestibular, outra cidade, outra vida para enfrentar. É estranho pensar que em alguns meses, vou virar o que a sociedade chama de 'gente grande'.
Eu sei que tenho mais opções, que posso continuar morando com a minha família, que tudo pode ser diferente, mas se eu escolher desse outro jeito, não seria eu.
A minha vida sempre foi traçada por meio dos meus sonhos e suas realizações, não vai ser agora que eu iria desistir. Mas confesso ser o sonho mais medonho que eu irei realizar. Em pensar que não terei mais minha mãe para me socorrer quando estiver doente, me abraçar quando eu estiver com medo, ou simplesmente me ouvir quando estiver chorando, nossa, isso é realmente apavorante.
Ultimamente isso é tudo em que eu tenho pensado, talvez seja isso que tem roubado meu sono, seja isso que tem me segurado em casa. Eu sinceramente não sei o que está acontecendo comigo, mas não me encontro mais dentro de mim. Não tenho mais vontade para sair, dar risada, me divertir. Minha única vontade é de permanecer em casa, lendo algum livro, vendo algum filme, falando com poucos amigos. Me fechei em um mundo de ficção, de imaginação, onde meu único interesse é permanecer nele, no meu mundo de leitura, de sentimentos que não são meus. Até por que, eu mesma, não tenho sentido mais nada. Uso de meus pensamentos para ajudar os outros, fico feliz com a felicidade alheia, fico triste com a tristeza alheia, mas nada, nada mais vem de mim.
Não sei até onde meus medos têm intervido na minha vida, só sei que não sou mais a mesma. Meu ânimo se foi por completo, meu romantismo é vivido através de livros, meus sorrisos são todos para fotos, do quarto à sala, da sala para cozinha, este é o único passeio que tenho feito. Minhas motivações são poucas, minhas vontades menores ainda. Há algo errado comigo, e eu não sei o que fazer para mudar isso, não sei ao menos se quero mudar.
Quando penso em sair de casa, parece que meu estômago começa a se revirar, sinto quase como uma vertigem, não intendo mais o que está acontecendo, eu sei que isso não sou eu.
Tenho vivido sensível demais, chorar tem se tornado normal, e olha que eu odeio isso. Meu humor tem variado a cada minuto, como se fosse um círculo a seguir, porém ele sempre acaba com a mesma desorientação em forma de medo.
Tenho sentido falta dos meus sentimentos, da minha cabeça nas nuvens, de me apaixonar, de sonhar com meu casamento com alguém que nem ao menos me conhece, de sentir meu coração acelerar quando 'aquela' pessoa está por perto, de escrever textos de amor usando apenas meu coração, e não o coração de outra pessoa.
Como eu já disse, não tenho tido mais sentimentos, tenho os vivido por meio do que leio e vejo. Não sei ao certo se isso está me fazendo bem ou mal, não tenho conseguido me entender com a mesma clareza que sempre me entendi. Hoje em dia meu único sentimento que é vivido de verdade, é a amizade, e ele só se manifesta com poucos, só alguns conseguem me fazer despertar, só alguns eu me lembro de amar. Tenho me sentido como um robô, se precisar sorrir, eu sei sorrir, se precisar falar, eu sei falar, se precisar cantar eu sei cantar, só não me peça para sentir, pois creio que desaprendi. Não vejo mais graça nas coisas, não vejo mais alegria em passar uma noite em claro, não me sinto mais ansiosa para ir em uma festa cheia de garotos. Não estou acostumada a ficar sem sentimentos, pois em mim, eles sempre foram muito intensos. Talvez eu tenha cansado de desperdiça-los com futilidades, talvez eu esteja esperando alguma coisa mais forte, talvez eu espere algo além da realidade. Sem nenhuma certeza, vou seguindo minha vida com frieza.
A única coisa boa que esse período tem me feito, é que passei a entender melhor algumas poesias, só agora eu compreendi por que é preciso um pouco de tristeza para se fazer um samba com beleza.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Até que a morte nos separe.

Meus olhos estão fechados, ansiedade para decolar, a viagem dos sonhos está começando, não consigo ao menos acreditar. Minha lua de mel vai ser perfeita, estamos indo para Paris, a cidade luz! quer coisa mais romântica que isso?
O avião está saindo do lugar, eu e meu, enfim, marido estamos de mãos dadas, ele está tão tranquilo, e eu aqui toda agitada! Mas, que mulher em meu lugar não ficaria assim?
Ele fica me olhando com olhos de reprovação, melhor eu me controlar.
Já estamos sobrevoando o Rio de Janeiro, adeus cidade maravilhosa!
Estamos no ar a um tempo já, está tudo escuro la fora, ele me envolve com seus braços acolhedores, não a nada mais aconchegante do que apoiar minha cabeça em seu ombro, desde o começo do nosso namoro era assim, em todas as viagens ou momentos importantes ele me envolve com seu braço, me transmitindo segurança, ele faz com que eu sinta que nada pode me atingir. Mal posso acreditar que ele será meu para o resto da minha vida, até que a morte nos separe.
O capitão põe se a falar agora, segundo ele, estamos sobrevoando Fernando de Noronha, não é lindo isso? Até mesmo a nossa viagem passa por lugares românticos!

Acho que estamos passando por uma tubulação, o avião está se mexendo muito, todos estão começando a entrar em pânico, as pessoas começaram a gritar, isso não é normal, máscaras de oxigénio despencaram à nossa frente, olhei pra ele assustada, ele não parece estar entendendo nada, colocou a máscara em mim, e em seguida nele próprio, estou com medo, alguma coisa está acontecendo e eu não sei o que é, o capitão pede para apertarmos o sinto, e mantermos a calma, estamos passando por uma tempestade.
Mas não é isso que está me amedrontando, o que me assusta é o meu marido, ele não está tranquilo, seus olhos estão de um jeito diferente, ele acaba de tirar a máscara de oxigénio.
- Querida, eu te amo muito ok? Promete que não vai se esquecer disso? Você é a mulher da minha vida, vou te amar até mesmo após a morte, independente de tudo, você é o resumo do que eu sempre quis, cada segundo ao seu lado, foi completamente importante para mim. - ele tirou uma caixa se seu bolso, uma caixa pequena, aveludada, de um tom azul marinho - Eu ia guardar para quando chegássemos em Paris, mas acho melhor te dar agora. - Ele abriu a caixa, tirou um anel com o maior diamante que eu já havia visto na vida, este anel era de ouro branco, havia sido de sua bisavó, agora ele me entregava, nele estava gravado nossos nomes, era a coisa mais linda que havia no mundo - Este anel está na minha família a gerações, ele agora pertence a você, o maior amor da minha vida, espero que você entenda, que eu te amo mais do que a mim mesmo.
Não entendi o porque daquilo, nós já havíamos passado por tempestades antes, ele estava me assustando.
Então ele se levantou de onde estávamos, foi até o corredor, e começou a distribuir coletes para-quedas a todos passageiros, principalmente para os mais novos, porém não havia colete para todos, ele colocou um em mim, um diferente do que ele havia distribuído, ele era maior do que o dos outros, e ficou sem nada, eu não conseguia entender o que ele estava fazendo, enquanto colocava o para-quedas em mim, amarrando todas as cordas corretamente, ele colocava também um colete salva-vidas, eu olhava para ele sem entender nada, pedindo explicação com os olhos, sua única resposta foi quando me olhou, e disse que me amava. Ele me deixou só novamente, foi falar com o piloto, eu não era capaz de entender o que ele estava fazendo, as pessoas ao meu lado estavam assustadas, uns rezavam, outros choravam, e uma senhora em particular, dormia, dormia como se nada estivesse acontecendo. Talvez ela estivesse confiante que era só uma tempestade, que já iria passar... Ou talvez fosse louca, não sei ao certo.
Roberto finalmente voltara da cabine do capitão, seu semblante era o pior que eu já vira, seus olhos transmitiam tristeza e dor, de um jeito que eu jamais tinha visto antes. Ele sentou-se ao meu lado, quebrou o braço da poltrona que nos separava, e me abraçou, de um jeito que parecia que seria o nosso ultimo abraço. Eu não tinha forças para falar nada, estava com medo demais de sua reação, isso quase me impedia de respirar, ele nunca havia ficado daquele estado. Ele pegara uma corda de sua máscara de oxigénio e amarrava a corda em um dos lugares disponíveis do para-quedas, eu estava cada vez com mais medo, não parava de chorar. Ele não parava de me beijar, e sussurrar ao meu ouvido que me amava, ele repetira milhões de vezes o quanto eu o fazia feliz, e o quanto ele me queria com ele, ele falava ao meu ouvido tudo que eu sempre quisera ouvir, ele me contava todos os seus segredos, revelou todos os seus sentimentos, disse me até, o que sentira em nosso primeiro beijo, eu estava feliz por ouvir tudo que eu sempre pedia para ele me dizer, e assustada pelo momento em que ele me dizia aquilo. Eu percebi que ele tentava me tranquilizar, estava conseguindo, pois nunca ouvira de sua boca tantas coisas bonitas, me maravilhei com aquele momento. Foram os 5 minutos mais complexos, lindos e intensos da minha vida. De repente ele se calou, segurou meu rosto em suas mãos, olhou em meus olhos, e me beijou com força, intensidade, doçura e vontade. Foi sem a menor dúvida, o nosso melhor beijo.
Sem aviso algum, um raio, com toda intensidade existente na natureza, caiu sobre nosso avião, foi tão rápido que não deu tempo nem de as pessoas gritarem, agora eu entendia a aflição de Rob, ele sabia o que ia acontecer, ele havia tido mais um de seus pressentimentos, só que dessa vez, havia sido tarde demais. Ele tentara salvar a todos, mas dessa vez, não tinha sido possível.
O avião se partira devido a força do raio, estávamos caindo de uma atura imensurável, meus pensamentos se perdiam diante de tudo, o vento era tudo que existia naquele momento. Ele estava caindo ao meu lado, tentei puxa-lo para meu peito, - nunca fiquei tão feliz por ter feito aquele curso de para quedismo - consegui fazer com que ele ficasse na posição correta, estávamos caindo rápido demais, eu o abraçava forte, não podia ficar sem ele. Ele puxara a corda para soltar o para-quedas, ao perceber a sua intenção, eu o abracei com a força que existia ou não existia dentro de mim. O tranco foi muito forte, mas não o suficiente para eu o soltar, ambos estávamos conscientes, sendo assim, ele abrira seus braços pelo vão dos meus, e controlava o para-quedas.
Era horrível a cena que víamos das pessoas e dos destroços caindo.
De repente, um pedaço do avião, uma poltrona ou alguma outra parte dele, nos atingiu por cima, a pancada foi tão forte, que me fez vacilar, acabei o soltando no ar.
Eu não via mais nada, não sentia mais nada, eu não existia mais.
E como nos nossos votos de amor, até que a morte nos separe.
Mais cedo do que eu imaginava, ela nos separou.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Três formas de amar.

Dentro de mim, existem três formas de amor possíveis, acabei as separando em estágios:
1º estágio: Aquele amor que sinto por todos, por amigos, por familiares, por conhecidos, aquele amor que vem fácil, que é sincero, que faz com que eu me doe de coração para aqueles que o têm. Um amor muito grande, que alcança um número gigantesco de pessoas, o primeiro amor que as pessoas recebem de mim ao me conhecer.
2º estágio: Esse é mais seletivo, mais forte, mais intenso, creio que eu ame apenas oito pessoas dessa maneira, minha família e três amigos meus. Um amor que poucos conquistam, ele é tão forte, que as vezes chega a doer, ele é tão grande, que eu não tenho controle sobre ele, é tão poderoso, que me faz mover céus e mares por essas pessoas, que me faz ter a certeza que daria a minha vida por elas. Esse amor é completamente exclusivo, eterno.
3º estágio: Agradeço porque não existe e nunca existiu um dono desse amor em mim além do próprio Deus. Ele é muito grande, muito forte, muito mais poderoso que qualquer outro. Tenho medo da sua grandeza, tanto medo que prefiro não senti-lo por homem nenhum. Sua força chega a ser maior que o exército de Esparta, sua determinação mais firme que aço, seu tamanho maior que o universo, é tanto amor que eu não sou capaz de entender como cabe dentro de mim. Devido a sua grandeza, tenho pavor ao pensar que um dia ele poderá vir a tona, de que um dia, mais alguém será dono dele por inteiro. Tornando-se, dentro de mim, meu maior pavor e receio, fazendo com que eu tome todos os cuidados possíveis para que nunca o alcancem em mim.
Três formas de amar diferentes, três maneiras completamente sinceras, únicas e verdadeiras, cada uma na sua intensidade, na sua beleza.
Essas são as minhas três formas de amar.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Você já..... ?

Você é capaz de sentir isso? Chama-se vento, chama-se brisa, chama-se tempo. Ele está passando por você todos os dias, a cada momento. Aonde você está agora? O que você está fazendo? Você já foi feliz hoje?
Você já amou alguém? já sofreu por alguém? já se sentiu livre? você já viveu hoje?
Sabemos que a vida é colorida, sabemos que vamos morrer, mas insistimos em viver como se tudo fosse preto e branco, e como se pra sempre fôssemos viver.
Quando temos problemas, nos entregamos a eles, como se a nossa vida fosse apenas aquele momento, e quando estamos felizes, logo pensamos que a felicidade irá acabar.
Você já se deu conta do mundo em que vivemos? Não estou falando das coisas ruins que sabemos de cor, estou falando desse mundo incrível que existe por de trás de cada detalhe.
Você já chegou a ouvir o silêncio? aproveitou o calor do sol, ou o aconchego da sombra? Já chegou a reparar como as árvores dançam enquanto o vento brinca através delas? E quando você está parado no trânsito, já chegou a olhar para o céu por um momento? Reparou nos desenhos que as nuvens formam? Ou nas estrelas iluminando a escuridão? Ou até mesmo a chuva caindo e seu para-brisa a impedindo de escorrer?
Você já notou que vive em um mundo onde as belezas estão presentes na imperfeição?
Pare de reclamar de amores mal resolvidos, pare de reclamar do trânsito infernal, pare de reclamar do seu chefe, comece a viver a vida, comece a sentir o vento, a brisa, o tempo passar por você, não há sentimento mais gostoso que olhar para trás, e ver que valeu a pena.
Viva como se o mundo fosse feito apenas para você.

domingo, 10 de maio de 2009

Guerra ou paz ?

Olhei naqueles olhos escuros, querendo me dizer alguma coisa, eu não era capaz de compreender, eles me olhavam profunda e intensamente. Haviam muitos em volta dele, porém ninguém podia vê-lo, eu era a unica que o enxergava, ele havia me escolhido para salvar o destino, ele havia me escolhido para mudar os planos do mundo.
Entrei no palco, havia um púlpito à minha espera, me apossei dele, coloquei meu discurso no lugar apropriado, o microfone na direção dos meus lábios, bilhões de pessoas estavam me esperando, eu iria decidir que caminho a humanidade ia seguir, todos os interpretes de todas as línguas estavam esperando que eu iria dizer, cada conjunção, cada vírgula era de extrema importância. O mundo estava declarando guerra, era da minha boca que sairia a decisão final, trilhões de euros estavam em jogo, Europa, Ásia, América e África estavam declarando guerra, na minha mão estava a decisão final. De qualquer maneira, iam ter os que me apoiavam, e os que iriam me criticar. Eu sei, ao ver de todos a paz seria o caminho certo, sem mais discussões. O que eles não sabiam era que a minha vida e a vida da minha família também estava em jogo, nas mãos de assassinos frios e calculistas, daqueles que cumprem ordens a qualquer custo, não importa qual seja, sem dó nem piedade nenhuma, por dinheiro.
Ali estava eu, entre a minha família viva e o mundo morto, ou a minha família morta e o mundo vivo.
Governantes da pior espécie estavam me ameaçando, todas as possibilidades corriam a minha cabeça em questão de segundos. Já havia pensado em me matar, mas seria o mesmo que matar minha família, havia pensado em fugir, mas de que adiantaria fugir, se só eu, mais ninguém iria poder decidir o que o mundo seguiria. Nunca tive tanto poder em minhas mãos, e nunca havia odiado tanto em tê-lo.
Todas as atenções, flashes, gravadores, microfones, olhares, ouvidos, estavam voltados à mim. A cortina se abriu, me receberam com aplausos - hipócritas, todos que ali estavam, queriam a minha cabeça - os agradeci falsamente. Não sabendo ainda que decisão tomar, pedi para que tocassem o hino do meu país inteiro - afinal, o hino do Brasil tem um tamanho bom. Sem entender nada, atenderam ao meu pedido, eles não tinham escolha, era tudo ao vivo. Ao soar da musica, fechei meus olhos, estava na hora de decidir, não tinha mais tempo, a unica coisa que vinha na minha mente, eram aqueles olhos escuros, tão vivos quanto fogo, agora eu compreendia o que eles queriam dizer, eles pediam paz. Em uma fracção de segundos, eu lembrei de todas as cenas que já havia visto nas guerras da África do norte, no Paquistão, na Amazônia brasileira, entre outros lugares, me lembrei do semblante de dor e desespero das pessoas, era como se eu pudesse ouvir o choro dos pequenos órfãos, que culpa nenhuma tinham, era como se todas as pessoas inocentes do mundo - que não eram poucas - falassem ao meu ouvido, pedindo minha compaixão e misericórdia, ao mesmo tempo, eu podia ouvir o riso dos meus três filhos, era capaz de sentir o cheiro deles, lembrei-me do nascimento de cada um, o mais novo tinha apenas 1 anos ainda, eu pude por um instante sentir o beijo o meu marido, era um amor muito forte o que eu sentia por eles, não podia permitir que lhes fizessem mal.
O hino acabou, comecei a falar.
- Boa noite, estou aqui senhoras e senhores, com o poder de decidir as suas vidas, o caos e a paz dependem apenas de mim, talvez para vocês seja fácil pensar que o óbvio a se decidir, é pela paz, pois vou lhes informar que não, a paz não é tão fácil assim de se escolher. Neste momento senhoras e senhores, existem assassinos em minha casa, ameaçando meus filhos e meu marido, para que eu escolha pela guerra, neste momento senhoras e senhores, o presidente do Japão, China, EUA, Inglaterra e África do Sul, ameaçam acabar com a minha vida, caso eu faça conhecimento publico a aliança entre eles, e o anseio deles por essa guerra, como se a vida da minha família, já não fosse o suficiente. Então meus queridos ouvintes poderosos, que ousaram um dia ameaçar tudo que mais amo, só por causa do dinheiro que irão ganhar com essa guerra, eu os digo que podem começar a matar meus filhos e marido, podem me matar também, eu sei que eles irão entender a minha decisão, e eu decido pelas três letras mais necessárias do mundo: P-A-Z .
Neste momento o mundo se chocou, pois não havia como cortar a transmissão da minha declaração.
Os assassinos em minha casa, receberam as ordens para matar a minha família, foram então ao sótão, aonde meu marido e filhos estavam. Os assassinos não os encontraram, viram apenas as cordas que os amarravam jogadas ao chão, saíram desesperados à procura deles. Ninguém entendeu nada, meus filhos de 2 e 4 anos estavam ajoelhados orando, e meu marido com o menor no colo, assustou-se ao ver que eles haviam saído da casa.
No congresso internacional, aonde eu me encontrava, virou um caos, os presidentes dos países citados estavam sendo completamente abordados pela imprensa, uma agitação enorme se criava a minha frente, fiquei parada aonde estava, não sabia o que fazer, novamente o dono daqueles olhos escuros e vivos como fogo, aparecer ao meu lado, me pegou no colo e me tirou daquele lugar.
Em poucos minutos eu estava em um albergue de baixa categoria, em uma ilha próxima à cidade aonde morava, meu marido junto com meus filhos também se encontravam lá, não sabia como, mas eles estavam lá, nunca havia ficado tão feliz na minha vida por vê-los. Fui informada pelo dono do albergue, que haviam pago a minha estadia por lá, durante 3 meses, e que não era para eu sair daquele lugar, os olhos daquele senhor, me eram familiares.
3 meses se passaram, tudo que eu havia dito dos presidentes fora confirmado, eles foram presos e condenados a prisão perpétua, fazendo com que todas as falcatruas de seus governos, e de outros governos também, fossem descobertas, havendo então uma nova eleição no mundo inteiro. Fazendo assim com que a história do planeta mudasse a partir desse ponto.
Só não posso lhes afirmar se fora para melhor ou pior.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Adeus

A chuva estava cada vez mais forte, raios e trovões soavam lá fora, a casa estava iluminada com velas, e eu estava sozinha, me escondi de baixo do cobertor, como se ele fosse um escudo, era assustador o modo como o vento balançava as árvores.
Nada conseguia me tirar a atenção daquela tempestade, pensava que o mundo iria acabar, não conseguia falar com ninguém, isolada no meu mundo, só com a minha companhia, meus pensamentos, só eu poderia acabar com aquele medo, que parecia infinito.
Tudo que eu mais queria era um herói pra me defender de mim mesma, me afundando dentro de mim, não conseguia sair. A visão pessimista do mundo tomou conta de tudo, parecia que nada conseguia ser mais forte que isso, pensamentos ruins começaram a ser tudo que tinha, o medo começou a me perseguir, as lágrimas corriam pela minha face apavoradas, tentando fugir de mim mesma, sai correndo pela chuva, a procura de algo que acalmasse meus pensamentos, olhava para todos os lados, só via cinza e água, as pessoas de longe me olhavam assustadas, minha maquinagem estava toda borrada, minha roupa ensopada, não aguentava mais aquela tortura dentro de mim, corria cada vez mais rápido, até o momento que algo me parou, comecei a ouvir a voz de alguém me chamando.
Abri os olhos, percebi que estava apenas sonhando, ainda me encontrava no hospital, ao lado dele, esperando que despertasse de seu sono profundo de 3 meses. Médicos já haviam me aconselhado a desligar os aparelhos que o mantinham ali, mas eu sabia, que a minha vida sem ele seria como uma tempestade eterna, pois ele era meu sol, minha lua, minha brisa, minha segurança, minha estrada, minha rua.
Me sentia culpada por ter permitido que ele chegasse aquele ponto, mas não adiantava falar nada, e nem tomar atitude nenhuma, ele nunca me dava ouvidos, a ultima vez que tínhamos nos falado, eu estava brigando com ele, não aguentava mais vê-lo se matando daquela maneira, cada vez mais drogas, cada vez mais bebidas, era previsível o seu fim, mas eu não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo.
Em uma festa, uma overdose no caminho de casa, um atropelamento, e ali estava ele, seus olhos fechados, sua respiração feita por maquinas, haviam 3 meses que a minha vida tinha parado para apenas permanecer ao seu lado, eu tinha esperança dele sair dessa, ele sempre foi forte, sempre disse que nunca ia me abandonar, prometeu cuidar de mim por toda minha vida, e agora, tudo estava acabando.
Meu mundo estava em estado de alerta, qualquer momento eu poderia desmoronar, já haviam passado mais duas semanas, e nada dele acordar, os médicos vieram novamente falar comigo, me disseram que ele não tinha muitas chances, que eram uma em um milhão, por fim, acabaram me convencendo a desligar os aparelhos, eu pedi só uma ultima visão dele 'vivo', me permitiram, ao entrar no quarto me senti como se estivesse no meu sonho novamente, as lágrimas correndo em minha face desesperadas, eu o abracei, o beijei, segurei suas mãos, eu não podia fazer mais nada, tinham acabado todas as minhas alternativas, seria a ultima vez que eu iria o ver, senti por uma ultima vez o seu calor, não era capaz de acreditar que eu diria adeus pra ele desse jeito, o amando tanto, fazia apenas 1 ano de casados, e tudo estava acabando, não podia acreditar, estava na hora de dizer adeus, dei então meu ultimo beijo nele, senti pela ultima vez a sua boca na minha, porque aquilo acontecia comigo? Eu não conseguia entender.
Os médicos entraram na sala, eu sai, e acabou por ali, a nossa história, a nossa vida, tudo devido ao seu vicio maldito.
Ao sair daquele quarto de hospital, me senti correndo pela tempestade, todos me olhavam com uma feição de dó, de pena, meu choro nunca havia sido tão dolorido, cada gota de agua que eu derramava dos meus olhos, eram como facadas no meu peito, jamais havia sentido dor tão grande assim.
Sete anos se passaram desde então, ainda não consegui esquecer nem por um segundo tudo que vivemos juntos, de todos os beijos e todos os momentos, a dor já não é mais tão forte, mas é constante, sei que nunca mais vou amar alguém como o amei, mas hoje me dedico a cuidar dos que tem a mesma fraqueza que ele tinha, hoje me concentro em não permitir que sintam a dor que senti, eu sei que ele estaria feliz se pudesse ver o centro de reabilitação que me pertencia no momento, ele sempre dizia que eu tinha nascido para cuidar dos outros, e isso me matava mais ainda, pois ele era o único que eu gostaria de cuidar, e não consegui.
Porém, hoje eu sei que ele olha por mim, seja onde estiver, eu ainda sou capaz de senti-lo, ainda mais depois de descobrir que esperava um filho dele, que hoje tem 7 anos de idade, é idêntico ao seu pai, e é a minha única razão de viver, sorrir e ser feliz, meu motivo de ter dado a volta por cima.

domingo, 19 de abril de 2009

Se eu pudesse...

Se eu pudesse, seria seus olhos, para que não tivesse de ver as coisas ruins do mundo, seria teus ouvidos, para que não precisasse ouvir a crueldade alheia, seria teus pés, para que não andasse em maus caminhos, seria tua mão, para que não a colocasse em nada de mal uso.
Se eu pudesse, seria teu coração, para jamais permitir que sentisse a dor de um amor mal realizado, seria teu pensamento, para não deixar-te enfraquecer nunca, seria tua boca, para defender-te sempre que lhe mal dissessem.
Se eu pudesse, seria o mundo a tua volta, para jamais deixar-te sofrer, pois não te desejo dor, só te desejo amor. Enquanto meus braços puderem te alcançar, estarei por perto para te abraçar. Não posso ser tudo que desejo, talvez seja apenas aquilo que precisas.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

capacidade.

A unica coisa para que precisamos de dom, é para arte.
Pois de resto, tudo que um faz, todos são capazes de fazer, tendo mais facilidade ou não, podemos realizar tudo que queremos. Nascemos todos com as mesmas capacidades, nossas diferenças pessoais nada interferem nas nossas igualdades físicas. Para poder basta querer e ir atras. Podemos ser o que quisermos, quando for necessário, somos capazes de nos superar e superar aos outros, vá em frente, tenha fé em si mesmo, é só não esquecer que a unica consequência que irá sofrer é: conseguir.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

seca

45 dias de seca. Chuva nenhuma molhava o solo, o calor se tornara insuportável.
O chão não aguentava mais aquele sol ardente, e rachava-se a procura de suportar aquele incesavel calor, mesmo ao anoitecer, brisa nenhuma era capaz de refrescar. Até que uma unica e pequena nuvem começou a pairar sobre aquele lugar, em um suspiro de misericórdia pôs-se a derramar uma gota de água, e em seguida outra e mais outra, ao notar sua iniciativa, outras nuvens se juntaram à ela, e começaram a derramar seus preciosos suspiros de misericórdia. O solo mal podia acreditar, os rios retomaram sua força, e uma tempestade se formou, refrescando a todos que não aguentavam mais. Crianças e adultos sairam para sentir a água fresca tocar o seu corpo, o vapor subia, o sol brilhava, arco-íris se formava. Sorrisos de radiavam, refletiam nas poças de água que se formava, iluminando mais ainda aquele lugar, as flores tornaram a florecer, as árvores balançavam-se a todo vapor, o vento e a chuva uniram-se transformando aquele simples momento, em algo memoravel.
Até hoje, aquele solo se lembra da pequena nuvem que pairou sobre aquele lugar.

sábado, 21 de março de 2009

amor ao próximo.

Esses dias, acordei inconformada com o mundo, e principalmente com a maneira em que nele vivemos. Então, comecei a sonhar com um mundo 'perfeito', pensei em várias maneiras, mas só encontrei uma, que seria se todos nós vivêssemos por amor. Por amor ao próximo existiriam fabricas, comida, roupas, por amor ao próximo fabricaríamos carros, computadores, cimento, tijolos, por amor ao próximo existiram os grandes comerciantes, as grandes redes de mercado, tudo no mundo seria de 'graça', nada seria cobrado, pois TODOS sem exessão nenhuma, fariam tudo por amor ao próximo.
Com isso não existiria violência, ninguém precisaria roubar ou matar para conseguir o que desejam, não haveriam sequestros, não haveria dor, porque o 'amor ao próximo' permaneceria. Quando amamos não maltratamos, não machucamos, não ferimos, não matamos ninguém.
Se vivêssemos neste mundo, não iríamos precisar de portões, não existiria ninguém melhor do que ninguém, habitaríamos em uma sociedade mais humana, não existiria lágrimas nem dor, o mundo seria repleto de pessoas felizes, não existiriam problemas, a depressão seria uma doença que ninguém iria conhecer ou sofrer dela, o planeta seria repleto de bons profissionais, pois os ensinadores seriam por amor e os alunos também, as pessoas só fariam o que gostam, fazendo assim o melhor delas, não existiriam vagabundos ou encostados, pois por amor, ninguém folgaria. Por amor o mundo trabalharia junto, não existiria problemas ecológicos, nem aquecimento global, pois o amor não nos permitiria acabar com aquilo que nos mantém vivos.
E por amor, só por amor, viveríamos e seriamos completa e extremamente felizes.
Mas então eu acordei pra minha realidade de mundo, e me deu vontade de chorar, pois percebi que no mundo em que vivemos, o amor é o sentimento mais extinto que se tem, não fazemos nada pelo próximo, tudo que fazemos é pelo dinheiro, pela loucura desse capitalismo selvagem, que nos torna primitivos novamente, matando uns aos outros por pouco, por dinheiro... e cá entre nós, O QUE É DINHEIRO? uma folha com números, que tem um certo valor? E ISSO é mais importante que a vida de uma criança, ou até mesmo a sua vida? Não consigo me conformar com a nossa falta de capacitação de amar, de nos doar... Esse mundo em que vivo, não me satisfaz, não me basta, pois nele só encontro competição, ódio, rancor, ganancia e principalmente, ignorância.
Isso me consome, me entristece, principalmente pelo fato de que não importa o que eu faça, não conseguirei mudar o mundo, apenas por não ter como mudar as pessoas. Então chego a conclusão de quão abominavéis somos, e o quão dispresível é a nossa raça, que não consegue amar por amar, nem fazer por fazer, tudo que queremos e algo em troca, e isso, nunca vai ser amor.

quinta-feira, 19 de março de 2009

singular

Algo que sempre me envergonhou em mim mesma, foi o de não sentir saudade. Nunca cheguei ao ponto de sentir falta de alguém, de chorar por saudade, de viver aquele 'drama' que todos diziam sentir. Até o dia em que eu me despedi de você, quando fui te abraçar para dizer adeus, e você me corrigiu com um 'até logo'. Nunca vou esquecer do seu abraço, das suas palavras naquele dia, eu sentia a sua dor e a sua sinceridade, seu cuidado comigo, seu carinho, respeito, e o seu amor, que você teima em esconder, aquele dia eu pude sentir.
Fazendo com que hoje eu viva lembrando dos meus olhos nos teus, dos nossos beijos, das minhas mordidas em você. A sua ida me deixou um sentimento de perda, e ao mesmo tempo, uma lembrança incrível! Não imaginava que sentiria a sua falta desse jeito, não posso dizer que sofro por isso, que choro por você todos os dias, que eu deixei de viver por você, mas eu posso afirmar, que você foi a pessoa que me fez sentir a coisa mais próxima da saudade. Não vou dizer que ainda sou louca por você, porque muita coisa mudou, muita mesmo, mas eu nunca vou poder dizer que te esqueci, pois estaria mentindo à mim mesma.
Você despertou em mim um sentimento adormecido a muito tempo, você despertou em mim curiosidade, vontade, desejo, carinho, amizade, compaixão e amor. Pois não sei de que forma, e nem o quanto, mas eu sei que te amo. Não pense que estou apaixonada por você, apesar das evidencias, não estou, o que eu sinto por você é diferente, é singular! Não adianta, eu não sei explicar, mas eu sei que você entende, porque de algum jeito, você sente o mesmo por mim.
A minha vida está dando voltas, e eu sei que aquele sonho de adolescente idiota que eu tinha com você não vai acontecer nunca, até porque, outras pessoas estão entrando na minha vida, mas eu sei que ainda não vivemos tudo que temos de viver, eu sinto que sou especial pra você, como você é para mim, e ninguém vai mudar isso.
Eu não preciso te chamar de 'meu', enquanto eu puder te chamar de amigo, meu coração baterá feliz ! Porque eu te amo, desejo o seu bem, mesmo que ele seja com outro alguém.

quarta-feira, 18 de março de 2009

folha

Ela já nasceu, já floresceu, já viveu, e agora está na hora de cair, pois o inverno está para chegar. La se vai, caindo de sua árvore, deixando sua vida, para que outra possa viver, e permanecer em seu lugar.
Todas as ventanias já enfrentadas, todas as chuvas já passadas, todas as brisas procriadas, tudo tem seu fim, talvez ninguém lembre que ela existiu, talvez não dêem importância à sua existência, mas ela sabe que viver, que valeu a pena cada sol que à aqueceu, cada chuva que à encharcou, cada luar que a deslumbrou. Pois ela sabia que não vivia para os outros, para que a notassem, ela vivia para si, por viver, para ser feliz, independente do pensassem.
Na hora de deixar a sua vida, e a sua árvore, ela caiu, sabendo que tinha valido a pena.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

França

Ainda bem q o meu coração é de pedra, e eu não vou sentir a menor falta de você!
Bobagem falar que vou ter saudade de você me pentelhando, me batendo, me deixando com vergonha.. que isso! O fato de eu chegar no quebra-mar e não ver mais você lá, na verdade vai ser um alívio pra mim! Não vou precisar mais falar que você tá bonito pra ganhar uma bala, muito menos ficar te perturbando pra pegar gelo pra mim, vai ser uma maravilha não ter que rir das suas piadas todos os dias, e quando eu tiver de tpm, não vai ter mais ninguém pra ficar falando o quanto eu sou feia, e me deixar pior ainda!
Sorte dos meninos do irpiranguinha, agora não vai ter mais ninguém melhor que eles! Agora eu vou fazer amizade com os outros trabalhadores do bar, e cá entre nós, é bem mais fácil fazer amizade com eles, do que com você!
Viu só, minha vida vai melhorar muito com a sua ida... nem vou sentir a menor saudade!
A única coisa ruim, é que eu vou ter que mentir todo dia isso que eu disse, pra mim mesma, e tentar acreditar que você não faz falta.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Sol

Sol nascendo, o barulho das ondas no mar, aquele cheiro de maresia, seus olhos nos meus, meu pensamento todo seu, nada poderia acabar com isso. O tempo congela, nada consegue ser maior que essa fração de segundos, nada vai conseguir superar o fato dos seus olhos me guiarem ao amanhecer, o seu sorriso iluminando o meu ser. Momentos mágicos podem sim acontecer, vai ser impossível esquecer cada beijo, cada abraço, cada mordida, cada tapa, vai ser impossível esquecer cada sorriso que arranquei de você. A decisão foi sua, e por mais que eu não possa esquecer, não vou mais pensar, as lembranças foram feitas para serem guardadas, um dia quem sabe eu abra a sua caixa de novo, e lembre de tudo que vivi com você, mas agora é hora de fecha-la, e a manter em um lugar seguro, você fez parte de mim, você já foi o dono dos meus sorrisos, dos meus sonhos, mas como tudo na vida acaba, você acabou para mim, a minha dependência química por você foi tratada nas melhores clínicas, agora você pode ir, não vou mais te prender aqui, acabou, chegou a hora de seguir, e ser feliz de novo, e se tem que ser longe de você, que seja, um dia o amanhecer do sol e o barulho das ondas ainda vão me fazer acordar, e ver que cada segundo valeu a pena, e me fez crescer, tudo acontece por que tem que acontecer, a vida continua seguindo, eu de um lado, e do outro, você.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Filosofia De Vida

Não gosto do convencional, muito menos tenho paixão pelo errado, a vida é feita de escolhas, cheia de caminhos e decisões, fato.
Não costumo planeja-la, a única obrigação que tenho é viver, não tenho rotina, não tenho deveres, não consigo manter o mesmo movimento por muito tempo, enjoo muito fácil das coisas, mudo a cor do esmalte todo dia, mudo de paixões com muita frequência, a mesmisse me irrita, me transtorna.
Não gosto de pessoas sérias, não gosto de quem se diz "juiz", e julga todos pelo o que veem, e não pelo o que podem conhecer.
Gosto das pessoas que todos falam mal, gosto de pessoas que não se mostram com facilidade, gosto de conhecer, de descobrir, minha alma é curiosa, fazer o que, nasci assim.
Prefiro gritar no meio da rua, gargalhar alto para todos ouvirem, do que ser aqueles que olham pra isso, e acham ridículo.
Gosto de sair na chuva, andando, rindo, pulando, gritando, gosto de estar ao meio de muitas pessoas, gosto de ter a atenção de todas se possível.
Não me importo com o que pensam de mim, a opinião dos que não me conhecem, é o mesmo que nada, deixo que digam, que pensem, que falem, vou continuar sendo feliz, e sinceramente, não me importo nem um pouco em ser assunto na boca do povo.
Afinal, todas as grandes personalidades que já passaram por esse mundo, foram polemicas, o certo e o normal não chamam atenção, não mudam, não causam impacto.
Não faço o que os outros julgam ser certo, faço apenas o que o meu coração deseja, ele sabe o que é melhor pra mim. A razão é o que nos leva ao consumismo e infelicidade, a troco do que devo segui-la?
Se o mundo fosse menos razão e mais coração, pessoas não morreriam de fome, não seriam sequestradas, não haveriam guerras, como tudo que eu quero é lutar contra tudo isso, começo eu a ir contra a raiz do problema.
Por isso digo que não me importo com boa ou má fama, não me importo com terceiros, a felicidade quem faz sou eu, ninguém vai ser feliz por mim, ninguém vai ser feliz por você, esqueça os outros, esqueça tudo, corra atrás do que deseja, a única regra de viver é não fazer mal aos outros, pelo menos não aquilo que não quer que façam com você!
Mas se um dia você fizer algo que não te agrade, ou te fizerem algo ruim, não se esqueça NADA É PARA SEMPRE, pra que sofrer se tudo passa, e sorrir é o melhor remédio para combater a dor.
Não sofra, ame, não se apegue, esqueça, lembre, chore, ria, se vingue, erre, acerte, a vida é um grande show, e ele não pode parar! O drama faz parte de todo romance, que faz parte de toda comédia, que faz parte de todo terror. As linhas que nos ligam, são as mesmas que um dia vão nos desligar.

Esqueça de tudo, e viva la vida!