domingo, 22 de maio de 2011

Nua e crua.

Eu confesso, sou cheia de defeitos! Eu critico tudo que está aos meus olhos, falo tudo o que penso sobre qualquer coisa e qualquer um. Eu implico com pessoas sem motivo algum, quando eu me canso de alguém me afasto da pessoa, e faço ela e o mundo acreditarem que a culpa é dela. Eu não me misturo facilmente, mantenho uma distância emocional de tudo, e ainda assim sou passional até a raiz do cabelo. Eu não sinto falta de ninguém, não me esforço para manter minhas amizades algo efusivo e constante. Eu dou preferência e até minto por aqueles que eu amo, não sou totalmente honesta com o mundo, tenho meus segredos e minhas mentiras. Tudo que eu faço é pensado, não calculado, mas pensado porque a minha cabeça não para um só segundo. São raríssimas as vezes que eu faço alguma coisa sem pensar, mas as minhas reações - pelo menos - são todas muito espontâneas, e eu não gosto muito disso. Eu choro vendo filmes românticos, porque eu sou mesquinha e nunca vou estar em um relacionamento sério, onde o relacionado não seja tudo o que eu quero. Sou seletiva em tudo na minha vida. Detesto olhares vulgares, tenho nojo da pessoa que o transmite. Eu dou falsas esperanças quando me convém, não faço de propósito, mas tenho consciência do que está acontecendo. Raramente sou tão boba quanto pareço. Tenho malícia nos ouvidos, mas às vezes demoro a ouvi-la. Eu acordo de mau-humor sempre que acho que poderia ter dormido mais. Acuso mentalmente pessoas sem saber a realidade, e isso, a maioria das vezes, me leva a tomar atitudes e falas erradas. Não me acho superior, mas sempre penso que posso fazer melhor do que está sendo feito. Odeio críticas de todo o meu coração, porque eu odeio estar errada ou fazendo errado, porém, eu ainda escuto tudo que me falam - mesmo querendo matar quem me criticou. É mais fácil eu justificar meu erro, do que pedir desculpas, meu orgulho é maior que tudo, mas eu ainda tenho bom senso. Eu tenho ciúmes de tudo que considero meu, mas hoje em dia, nada mais tem me pertencido direito, então sinto ciúmes do que não é meu também. Eu desisti dos homens a muito tempo, mas no fundo eu sempre espero que me apareça um príncipe. Eu me acho totalmente independente, toda vez que mato uma barata ou que abro um vidro de palmito. Eu gosto de beber cerveja até dormir. Tudo me interessa rápido, e me desinteressa mais rápido ainda. Tenho preguiça até de respirar. Eu conheço a minha capacidade de manipulação, mas acho idiota. Aliás, eu acho muitas coisas idiotas. Eu tento de coração amar todas as pessoas, mas pra mim é quase impossível. Não acho que todo mundo é bom, porque talvez eu não seja boa. Eu tenho olheiras sem maquiagem. Meu cabelo acorda parecendo um ninho de dinossauro: Enorme e todo desgrenhado. Eu faço as unhas quase todos os dias, para não roe-las. Eu não suporto estar no mesmo ambiente que alguém que me incomode. Eu faço terrorismo mental no meu melhor amigo quando quero alguma coisa. Não consigo disfarçar o que estou pensando, quando estou feliz, o meu rosto transparece, e quando estou brava, irritada, com nojo e qualquer outro tipo de sentimento negativo, o mesmo acontece. Eu faço o que eu não sei fazer, só pra me mostrar. Tenho certeza que a minha massagem é muito boa, e só a faço quando quero conquistar alguém de alguma maneira. Não sou interesseira, mas gosto de conforto. Sou brava e cheia de argumentos pra tudo. Gosto de gastar dinheiro, mas não me importo de viver com pouco. Gosto de atenção, mas não busco reconhecimento, acredito que ele vem com a qualidade do que eu faço, e eu acredito em tudo que produzo. Sei que sou boa em sentimentos e em conselhos, e não sou humilde com isso. Eu acredito que sou única, e considero imbecis aqueles que não gostam de mim. Dou valor para pequenas coisas. Perco-me no tempo quando estou com crianças, paro tudo pra ler um livro, amo ficar deitada, e dormir é o meu esporte preferido.
Eu acredito ser a pior pessoa que eu conheço, pois não conheço mais ninguém tão bem quanto me conheço.

domingo, 15 de maio de 2011

Escrita.

Um dia me perguntaram por que eu escrevo. Na hora eu não soube formular a resposta, mas aquilo ficou na minha cabeça por muito tempo. Então eu percebi que eu escrevo porque é um movimento involuntário, é como respirar, como beber água... Eu preciso escrever, antes que eu enlouqueça.
Eu preciso das palavras para manter meu raciocínio coerente. E mais do que isso, eu preciso das palavras que não julgam, mas apenas sentem comigo, o que eu estou sentindo. O único momento da minha vida onde eu consigo unir o que faz sentindo com o que eu sinto, é quando eu escrevo.
Portanto, eu me tornei codependente da escrita. É como um psicólogo, mas sou eu quem faz a análise, sou eu quem cuida de mim, sou eu quem julga meus problemas e fraquezas, sou eu quem diz o que eu devo fazer.
Porque a escrita me leva a um nível no qual eu não pertenço, ao nível da poesia, ao nível da literatura, onde tudo é real, onde não há certo ou errado. E só nesse nível, eu consigo ser quem eu sou, sem medo, sem omissões, sem burocracia. Só quando a escrita me leva a viajar no mundo da fantasia imperfeita, é que toda a minha essência me envolve, e me domina.
Porque é isso quem eu sou, eu sou a palavra e nada mais que isso. Pois eu não sou música, não sou tinta, não sou dança, eu não sou nenhum outro talento além pura imaginação.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Flor

Ele me disse que exitiam amores que eram como flores, precisavam ser plantados, regados, cuidados, e dava muito trabalho.
Mas ele disse também que o nosso amor era como uma flor desenhada num papel; Lindo, imperfeito, sincero e que para te-lo eternamente, bastava guarda-lo.
E esta é a nossa flor, guardada nas paginas da melhor história de amor. A nossa.