segunda-feira, 31 de agosto de 2009

tolinha

Gosto do começo de livros e filmes, onde tudo ainda está ótimo, onde os mocinhos ainda estão juntos, onde não há vilões, nem destruidores da felicidade alheia. Por mais que eu saiba como tudo vai terminar, meu coração sempre fica apertadinho quando o vilão consegue enganar o mocinho. É uma angustia muito forte, quando eu vejo tudo dando "errado", parece uma injustiça sem tamanho, e isso me revolta. Claro que eu sei que é idiota, mas fazer o que? não controlo meus sentimentos.
Sendo assim, adoro finais felizes, daqueles bem manjados mesmo, estilo conto de fadas... Para de me olhar assim! esses são os melhores, o príncipe chega em um cavalo branco, para resgatar a princesa, e no final aparece "e eles viveram felizes para sempre"... Quer coisa mais esperançosa que essa? Eu sempre acabo me imaginando nesse "felizes para sempre". Nesse ponto, eu sempre fui bem feminina, boba e sonhadora, fazer o que? tenho uma alma romântica!
Adoro quando os mocinhos dizem aquelas coisas lindas para as mocinhas, ou quando eles fazem aquelas loucuras para reconquista-la, ah... que mulher não gosta? somos todas assim mesmo, meio bobas, meio locas, meio lindas, meio tontas. E para ser sincera, eu adoro ser assim... Chorar lendo livros tristes, me colocando no lugar da mocinha, sorrir sozinha quando o final feliz finalmente chegou, gargalhar com as trapalhadas do vilãozinho... É, talvez isso seja só adolescência, ou talvez permaneça até que meus olhos se fechem, e o mundo me esqueça.

sábado, 29 de agosto de 2009

Vai ser assim um dia

Não sei quanto tempo eu estava naquela posição, certamente seria capaz ficar a eternidade assim, deitada em seu peito, ouvindo o bater do seu coração, sentindo seu calor. Seus braços me envolviam como correntes de veludo, ao mesmo tempo que protectores eles eram delicados e gentis.
Jamais entenderei a nossa ligação, desde o dia em que nos conhecemos, várias correntes eléctricas começaram a passar pelo meu corpo. Seu olhar consegue realmente me deixar sem fôlego, toda vez que ele me beija, é como se o mundo parasse de girar, e eu começasse a girar em volta dele, um simples roçar da sua mão da minha, é capaz fazer que as correntes eléctricas andem a todo vapor dentro de mim.
É como se ele fosse o meu sol, e tudo que eu fizesse fosse manter a minha órbita em volta dele. Não me importava com mais nada, a não ser fazê-lo feliz.
Quando me lembro de como tudo começou entre nós, é impossível não rir. Eu realmente pensava que ele era o meu maior inimigo, desde a primeira vez que eu o vi, senti algo diferente, - hoje é óbvio que o que eu senti por ele de imediato, era de alguma forma, amor. Mas antes, eu me confundi completamente, não sabia o que eram aquelas correntes todas, não sabia como ele conseguia me fazer desfalecer com um olhar, não era possível alguém exercer tanto poder sobre mim, portanto, eu resolvi odia-lo, era a coisa mais fácil a se fazer. E de alguma forma incrívelmente maravilhosa, ele sentiu o mesmo por mim, inacreditável, ele me odiava também! Eu não conseguia ficar um dia sem vê-lo, claro que eu usava o pretexto das nossas brigas para isso, mas eu sempre queria estar perto dele, tinha que permanecer em minha órbita, eu mal percebia, mas nada mais tinha sentido sem ele. Cada dia que se passava, eu o odiava mais, eu precisava mais dele, eu o queria mais, eu o desejava mais, eu estava mais viciada nele, e por um golpe de sorte, ele parecia estar na mesma freqüência que a minha. Era absolutamente lindo todas as vezes que brigavamos, e ele me olhava com aqueles olhos castanhos chocolate, completamente intensos, e cheios de raiva, cheios de compaixão, cheios de beleza. O melhor de tudo, eram os motivos que arranjavamos para brigar, era sempre sobre a minha segurança (eu estava sempre caindo em algum lugar, sendo mordida por alguma coisa, ele sempre me 'salvava'), ou sobre a falta de atenção dele para mim! Eu desde o ínicio reivindicava seus olhos nos meus. Entre tudo que vivemos, o mais incrível foi quando percebemos que acabamos nos apaixonando, lembro como se fosse hoje, um dia chuvoso, daqueles que nos fazem entrar em depressão, não tinhamos nos encontrado naquele dia, eu estava angustiada, alguma coisa me incomodava e eu não sabia o que era, foi quando eu sai de moleton e calça jeans, para andar na chuva, sem destino, sem pensar, fui parar na casa dele, ele estava com uma rosa na sua mão, sentado em frente ao portão, de baixo do telhado da garagem, quando nos vimos, foi como se um raio estivesse caído na minha cabeça, eu não conseguia me mexer, eu não fazia nada que não fosse olhar para ele, até que ele disse "Eu não sabia como te dizer isso, mas queria que fosse hoje, não sei o que você está fazendo aqui, toda encharcada, mas eu te amo". Nunca senti nada como naquele momento, tudo em minha volta parou de se mexer, a chuva parou de cair, o vento parou de dançar, a unica coisa que eu fiz foi correr para o beijar.
Não sei quanto tempo eu estava naquela posição, certamente seria capaz ficar a eternidade assim, deitada em seu peito, ouvindo o bater do seu coração, sentindo seu calor. Seus braços me envolviam como correntes de veludo, ao mesmo tempo que protectores eles eram delicados e gentis.

sábado, 1 de agosto de 2009

Mas..

Agora eu sei porque dizem que é difícil gostar de alguém. Principalmente quando essa pessoa te fez mal um dia, e todos os seus melhores amigos acham que ela não é digna do seu amor e bla bla bla... Você sabe que a razão esta totalmente ao lado deles, porém, a emoção é toda e completamente sua, de mais ninguém. Só você conhece essa pessoa de tal jeito, só você viveu tal coisa com ela, só você, só você e mais nenhum outro. Mas vai dizer isso para os seus amigos.. eles vão tentar te matar, afinal, você não pode dar o braço a torcer, se esse individuo fez o que fez, é por que não gosta de você e tralalá... Mas quem nunca errou na vida? Não que você vá se entregar totalmente de novo, mas quem inventou a lei de que você não podia ao menos perdoar? Tudo bem que seus amigos não querem apenas que você sofra... mas dói também não perdoar quem se ama.. é difícil ser adolescente, e ter que lidar com tudo isso, aliás, é ridículo pensar que se ama com dezessete anos de idade... Mas, nós pensamos assim de qualquer jeito, pois se isso não for amor, o que mais poderia ser? - Paixão, é eu sei, mas preferimos pensar que é amor, é mais bonito assim.
Todavia, creio que o melhor que temos a fazer, é deixar que a nossa vontade tome conta de nós, pois se for pra se arrepender, pelo menos vai ser por algo que você fez, não que você deixou de fazer.
Ouça seus amigos, entretanto, ouça mais a você.