domingo, 14 de março de 2010

Abstrato.

Eu sinceramente nunca entendi o que há entre a gente.
Não é amor - pelo menos não daqueles convencionais -, mas também não é só amizade, de jeito nenhum seria SÓ isso, paixão também não nos define.
A única coisa que eu sei de nós, é essa saudade constante, vontade de estar perto, seja para brigar ou pra te encher de beijinho.
Sempre somos muito francos um com o outro, mas jamais comentamos sobre os nossos 'rolos' avulsos. Você me enche de vergonha quando começa a falar aquelas coisas bonitinhas pra mim, e pra eu não ficar sem graça, acabo fazendo a mesma coisa com você, o que não adianta muito, porque eu nunca sei continuar o assunto.
Odeio quando você é grosso comigo - com ou sem motivo -, mas o que me irrita mesmo, é que eu sempre prometo para mim mesma que não vou falar com você, e sempre quebro a minha promessa. Mas eu adoro quando você fala pra eu ficar, quando combinamos de ir dormir juntos - mesmo que isso nunca aconteça. Chega a ser bizarro o modo como eu penso em você, e os momentos que eu sinto a sua falta. Do mesmo jeito que chega a ser inconveniente quando você aparece de surpresa e eu não sei o que fazer.
Quando a gente briga, eu fico completamente irritada, mas se a gente não briga, eu fico entediada.
Gosto de como você puxa o meu braço quando eu faço charme, o seu abraço deixa a minha coluna em uma ordem deliciosa, adoro colocar a minha mão sobre a sua e ver como a sua mão é incrivelmente maior que a minha, e quando você está perto o suficiente pra eu sentir seu cheiro, ele se torna o meu aroma preferido.
Todavia, eu sei que nós não vamos nos casar e você não vai ser o pai dos meus filhos. Eu não sei o que vai acontecer quando eu encontrar alguém que eu ame de verdade, pois, por mais que entre nós não haja esse amor de tanto falamos, há algum sentimento indefinido que não tira você de mim, nem eu de você. Talvez um dia isso acabe, a gente pare de se falar, mas mesmo que o mundo de voltas, eu duvido que um dia qualquer um de nós esqueça o que um significou pro outro, mesmo que não haja um significado concreto.

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