domingo, 24 de outubro de 2010

Fico imaginando, como seria se...

Quando eu fico assim, carente, eu começo a pensar nas minhas opções. Começo a pensar naqueles que gostam de mim, que tem cheiro de futuro e jeito de sólido. Começo a imaginar como a minha vida seria se eu me rendesse a ele. Imagino como seria andar de mãos dadas com ele, de como seria fazer o que ele gosta, ir onde ele gosta, deixar de fazer o que ele não gosta. Começo a imaginar como seria se ele tocasse violão pra mim, ou viesse me buscar em casa. Começo a deduzir como ele se relacionaria com a minha família, como se sentiria nos churrascos da minha tia, como iria conversar com o meu irmão, e se o meu cachorro ia gostar dele ao ponto de não morde-lo. Eu penso em todos os detalhes, de como iria ter que me comportar na faculdade, se poderia continuar saindo com as minhas amigas, e se as minhas amigas iam gostar dele. Imagino como ele ficaria numa das festinhas na casa da minha melhor amiga, como ele enfrentaria as piadinhas sobre mim, e se a família dela ia aprova-lo. Eu tento imaginar como ia ser a nossa relação, se o beijo ia combinar, se ele ia ser bonzinho demais ou homem o suficiente. Tento adivinhar se ele ia ter ciúmes do meu melhor amigo, se ia me conquistar por inteiro, e se quando o outro voltasse, se eu iria ama-lo o suficiente para continuar com ele. Eu fico horas e horas pensando se ele ia topar ir em algum barzinho comigo, só pra beber umas cervejas e dar um pouco de risada, se ele ia falar palavrão junto comigo quando assistissimos algum jogo de futebol, se ele ia me abraçar forte o suficiente pra fazer o meu coração derreter. Fico imaginando se seriamos um casal bonito, se as pessoas iriam pensar "nossa, que menina de sorte", se teríamos química. Fico tentando saber se o meu casal de amigos de sempre, iria gostar do seu papo, se ele ia ser educado, se ia ser engraçado. Fico duvidando que ele irá me fazer feliz. Mas as vezes eu não tenho certeza que ser feliz é mesmo tudo. Pois já procurei a felicidade, encontrei, e ela durou tão pouco, que eu só lembro da sua irmã gêmea maldosa, a infelicidade. Eu fico pensando se seria mais fácil tentar gostar de quem gosta de mim. Mas eu não sou assim. Não sou do tipo que é conquistada, sou do tipo que conquista. Não sei lidar com quem é interessado por mim, porque sempre sou eu quem se interessa. Tenho medo de magoar os outros da mesma maneira que fui magoada, então, por mais que seja mais simples gostar de quem gosta da gente, eu não consigo tentar, por que essa sou eu. Eu não espero ser amada, eu apenas amo.

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