quinta-feira, 6 de maio de 2010

Três palavras.

Estava tudo certo, a gente tinha terminado, continuávamos amigos mas sem nos falar, eu sentia a sua falta, você sentia a minha, mas ninguém dava o braço a torcer. Eu estava me acostumando mais uma vez a viver sem você, era definitivo, não tinha mais volta, as minhas amigas me apoiavam, eu tinha razão, mais uma vez você foi grosso e incoerente, mais uma vez eu estava tomando a decisão certa. Então começamos as nossas vidas de novo, todas as noites antes de dormir eu ficava falando sozinha, todos os dias quando eu acordava me concentrava em não pensar em nada, eu estava me acostumando com isso. Estava me acostumando tão bem que até apareceu outro na minha vida, mais bonito que você, mais tímido também. Tão tímido que não passou de uma paixãozinha platônica, um 'oizinho' aqui, outro ali. Tudo bem que ele tinha um sorriso e umas mãos maravilhosas, mas não teve jeito. Você veio falar comigo, um assunto aqui, um sonho ruim ali, e começamos devagar, mais uma vez. Comecei a lembrar de como as coisas eram quando nos conhecemos, das nossas brincadeirinhas de antes, das fotos minhas que você gostava, começamos a lembrar e rir, eram tantas brigas o tempo todo que começamos a dar risada. Obviamente que eu deixei claro que você merecia todas as vezes que eu brigava com você, claro que você desdenhou o que eu dizia. Então começamos a falar de ciúmes, como eu era ridícula, como eu pude ter ciúmes daquela menina? Ela só tinha treze anos! E você ria de mim, mas quando eu alego que nunca mais vou sentir ciúmes, você não aceita, você gosta, você se sente amado quando eu dou os meus chiliques irracionais. E por mais que eu faça um tipo, eu não consigo não sentir ciúmes, e você me tem nas mãos mais uma vez, me provoca de novo, me deixa com raiva, eu grito com você, falo que não seria você se não me deixasse completamente irritada, então você só me diz três palavras: eu te amo.
Acabou com a minha noite, acabou com a minha vida, por que eu também te amo, mas não sei que tipo de amor é esse que vive entre a gente, mas, eu te amo, mesmo você mentindo para mim.

Um comentário: