domingo, 11 de julho de 2010

Ninguém e Todomundo

À muitos anos atrás eu conheci dois irmãos gêmeos, um se chamava Todomundo e o outro Ninguém. E como de costume, apesar de serem gêmeos, eram completamente diferentes em seus pensamentos e vontades.
Todomundo só queria saber de festa, de alegria, de 'oba-oba'. Ninguém tentava mudar o mundo, se preocupava com os outros, queria fazer a diferença. Todomundo era cheio de discursos, posava de salvador da pátria e falava muito mais do que fazia. Ninguém tomava as atitudes necessárias e decisivas. Todomundo só sabia falar da vida alheia e de seu próprio interesse. Ninguém ajudava os necessitados, era voluntário em instituições conceituadas. Todomundo não levava à sério os problemas do mundo em que vivia, achava que era imortal e que todo aquele papo de preservação era balela. Ninguém tentou ir contra a correnteza e levar à sério os problemas pelo qual estavam passando. Todomundo desperdiçava. Ninguém economizava. Todomundo xingava. Ninguém ouvia. Todomundo não ligava. Ninguém se preocupava. Todomundo morreu. Ninguém sobreviveu.

- Texto inspirado em algum texto escolar no qual eu não lembro o nome.

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